Lemúria surgiu antes da lembrança do tempo. Quando os oceanos ainda não conheciam limites e as estrelas sussurravam códigos à Terra recém-desperta, um território imenso se ergueu entre os atuais oceanos Índico e Pacífico. Era uma massa de terra viva, consciente, pulsante. Seus habitantes não apenas caminhavam sobre ela comungavam com sua essência, era o nascimento de um continente sagrado.
Essa civilização começou sem guerras e sem disputas, nasceu da harmonia entre o ser e o todo. Cada lemuriano carregava em si o canto do planeta. Sua arquitetura era feita de ressonância, cristal e luz. As estruturas se moldavam ao sopro da vontade coletiva, os rios seguiam caminhos conscientes e ass montanhas possuíam memória.
Na Lemúria só se cultivava alegria e coragem ao invés do medo. A comunicação acontecia pelo olhar, pelo som, pelo toque sutil do campo eletromagnético entre corpos em sintonia. A linguagem era vibracional e as palavras, quando usadas vinham revestidas de propósito.
Os lemurianos se abstinham de buscar controle e tampouco domesticavam o mundo ao redor, ao contrário, dançavam com ele. Tinham corpos etéreos, densificados apenas quando necessário. Respiravam através da pele, alimentavam-se de energia solar, de névoas florais e de águas estruturadas por canções.
Cada nascimento era uma celebração cósmica. Crianças escolhiam seus portais de entrada, suas famílias e suas missões. A morte era considerada apenas uma travessia. Havia templos dedicados à transição, onde os que partiam se deitavam em câmaras cristalinas e, sob o canto dos anciãos, dissolviam o corpo com gentileza deixando apenas a luz.
O Portal Interior: Expansão Dimensional
Lemúria era um portal vivo e sem separação entre os mundos. Os habitantes se deslocavam entre planos com naturalidade. Muitos dominavam a arte da bilocação, outros caminhavam entre os reinos da terra interna e os campos superiores.
A consciência era treinada desde cedo para acessar outras realidades. O sono, muito além de servir apenas ao descanso, era usado como veículo de missão. Os sonhos eram viagens coordenadas, comunhões com outras espécies e pactos de cura. Os xamãs lemurianos aprendiam a manipular o tempo como quem molda argila.
A música era a chave. Toda a Lemúria vibrava em uma sinfonia que mantinha os portais abertos. Ao redor de cada cidade, cristais gigantes que guardavam informações cósmicas e alinhavam-se com as estrelas. Os lemurianos os ativavam com cantos que ecoavam através das montanhas e do mar.
Lemúria manteve relações com civilizações das Plêiades, Sírius e Arcturus como iguais. Era comum ver seres estelares nos altares, nos conselhos e nas escolas espirituais. Esses encontros expandiam a cultura lemuriana. Novas formas de cura, tecnologias sutis e geometrias sagradas surgiam a cada aliança. Os arquivos akáshicos da terra eram acessados em conjunto e as águas lemurianas, codificadas com informações universais, tornaram-se santuários vivos.
A Lemúria também estendia sua sabedoria para outras regiões do planeta, povos antigos da África, da Ásia e das Américas receberam viajantes lemurianos que deixaram registros ocultos, sementes vibracionais e centros de energia que ainda hoje despertam.
A Grande Mudança
A Lemúria submergiu. Ela se recolheu.
Com a densificação do campo terrestre, a vibração do planeta mudou. Muitos não conseguiram manter sua frequência elevada. A dor e o ego começaram a se infiltrar e o equilíbrio se rompeu.
Em conselhos multidimensionais os anciãos decidiram que era hora de partir. Há controvérsias mas, embora as informações se desenvontrem, é dito que parte da população ascendeu para planos superiores e outra parte migrou para reinos subterrâneos, formando as primeiras cidades intraterrenas e outra parte ainda, aceitou a missão de permanecer na superfície, encarnando ciclicamente, sem memória, mas com uma missão silenciosa: manter viva a semente lemuriana na carne do mundo.
O continente físico foi submerso e oceanos cobriram os templos. As águas selaram cristais, escrituras, instrumentos vibracionais, mas nada se perdeu. Tudo permanece, em outro nível de realidade, à espera de reativação.
Os Herdeiros de Lemúria e Guardiões Submersos
Você sente o chamado? Muitos que hoje caminham pela terra carregam fragmentos da consciência lemuriana. Estão entre artistas, curadores, andarilhos e crianças sensíveis. Trazem em si uma lembrança que não se traduz em palavras, uma saudade do que nunca viveram nesta vida e um impulso profundo de servir, curar e harmonizar.
Esses herdeiros não se guiam por dogmas e sim, escutam a natureza, sentem as pessoas e captam vibrações sutis. Têm dificuldade em se adaptar ao caos moderno e preferem o silêncio, a água e o céu limpo. Sentem-se deslocados porque ainda lembram, no fundo da alma, de um tempo em que tudo fluía.
Quando despertam, reativam códigos adormecidos e passam a sonhar com geometrias, escutar vozes internas, ter visões espontâneas. Voltam a se comunicar com os cristais, com o vento e com os animais. Reconstroem pontes entre mundos.
Muitos templos lemurianos permanecem vivos no fundo dos oceanos, guardados por seres conscientes, alguns com formas aquáticas, outros invisíveis ao olhar comum. Eles zelam pelos arquivos, mantêm a música primordial ativa e aguardam o momento em que a humanidade estará pronta para se reconectar.
As baleias são mensageiras dessa linhagem, seus cantos não são apenas sons, são transmissões frequenciais que ativam o DNA ancestral. Cada nota carrega informações sobre a Lemúria e cada salto no oceano carrega uma mensagem.
Algumas ilhas atuais são fragmentos lemurianos que resistiram ao afundamento. Havaí, Polinésia, Madagascar, Sri Lanka, partes do Chile e da Indonésia guardam vórtices de memória. Ali, as pessoas ainda sentem, mesmo sem saber a vibração original.